Progenitor é diferente de pai

Essa semana, postei no mural do meu facebook uma frase:
"Quando um homem se torna pai, ele nunca está livre!"
Foi tirada de um desenho do Batman
(por sinal, recomendo, muito legal. "Batman: ano um")

Uma amiga minha, retrucou, com razão, dizendo:
Depende muito do tipo de pai, querido!

Eu respondi:
Eu disse pai, não disse progenitor.
=]

Nosso tom foi leve, sem críticas um ao outro, mas para mim, existe uma diferença muito grande.
Eu sou PAI, não sou palhaço e não um simples paterno, genitor ou progenitor.
Segundo o site Dicionário Informal, a definição de pai é
"O progenitor. O homem que tem filhos.
Aquele que cria e educa os filhos. Aquele que se sacrifica para dar o melhor para os filhos."
Já para a palavra genitor (que é o correto, ao invés de progenitor, que é o comumente usado), ele define:
"Aquele que gera;
O pai."

Na minha visão, há grandes diferenças.
Todo pai é um progenitor, mas nem todo progenitor, é um pai

O cara que tem o trabalho biológico de ir lá e fazer o seu depósito genético é o progenitor, mas o cara que tem o trabalho biológico e o moral, social, cultural, econômico, ético, psicológico e tantas outras funções importantíssimas para a formação psico-pedagógica de uma criança, é o que eu chamo de pai.
Ser progenitor é mole... vai lá... namora pelado... se engravidar, paga a pensão e vê a criança quando puder... não precisa se preocupar se a criança precisa de algo mais... "facim"
Ser pai é dureza... contribui na formação moral do filho, passa suas noções de valores e cultura, leva no hospital as 4 da manhã para ouvir que é virose, atura todas as bobeiras que os filhos querem contar para nós como se fosse a coisa mais divertida do mundo, perde suas noites de fim de semana com as gatinhas para poder ficar mais tempo com o(s) filho(s), planeja os dias que estará com ele(s) para curtir melhor o tempo que tem...

Não é porque você fez o depósito que tem que esperar só o lucro, a parte boa. Tem os prejuízos também.
Pai tem que participar, tem que ser peça fundamental na vida dos filhos, não uma visita ocasional, um pessoa até querida, mas que não participa do universo deles.

Eu sou pai. Eu faço aquilo que é necessário para meu filho, para garantir as condições mínimas de qualidade de vida e confortabilidade dele.
Por ele eu nunca estou livre, pois vou viver em função dele por muuuuito teeeempo!!!
=]